sexta-feira, 25 de junho de 2010

PARABÉNS!

Parabéns para todos os alunos do primeiro período de Comunicação Social, que apresentaram belíssimos trabalhos no dia 23 e 24 de junho. Uma etapa concluída de tantas outras que estão para vir. Obrigada a todos os professores! Acho que posso agradecer em nome de todos os alunos. E aqui fica nosso grito de guerra: COMUNICAÇÃO SOCIAL!
Nos vemos no próximo semestre. Boas férias! Ah! E não podemos nos esquecer de sermos sempre criativos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desejando boa sorte!

Boa sorte para todos os alunos do primeiro período de Comunicação, que vão apresentar o trabalho interdisciplinar, hoje dia 23 e amanhã dia 24. Deixe os bloqueios de lado, respire fundo e seja criativo. Novamente, BOA SORTE!

domingo, 20 de junho de 2010

Criatividade

Desenvolvendo a criatividade.

A criatividade tem suas raízes na infância, mas infelizmente a maioria dos adultos não teve acesso a uma educação eficiente, impedindo que elas crescessem e florescessem.

“Quando as crianças vão para a escola, são pontos de interrogação; quando saem, são frases feitas”. Neil Postman (educador).

Esse pequeno trecho a seguir, retirado do livro: Um “toc” na cuca, ed. São Paulo, ilustra exatamente onde ocorre essa mudança.

“Quando eu estava no meio do curso colegial, meu professor de inglês fez uma pequena marca de giz no quadro-negro.

Ele perguntou à turma o que era aquilo. Passados alguns segundos, alguém disse: ’É uma marca de giz no quadro-negro’. O resto da classe suspirou de alívio, porque o óbvio foi dito e ninguém tinha mais nada a dizer. ‘Vocês me surpreendem’, o professor falou, olhando para o grupo. ‘Fiz o mesmo exercício ontem, com uma turma do jardim da infância, e eles pensaram em umas cinqüenta coisas diferentes: o olho de uma coruja, um inseto esmagado e assim por diante. Eles realmente estavam com a imaginação a todo vapor’.

Nos dez anos que vão do jardim da infância ao colegial, nós tínhamos aprendido a encontrar a resposta certa, mas também havíamos perdido a capacidade de procurar outras respostas certas e perdido muito em capacidade imaginativa”.

A boa notícia é que a criatividade faz parte da natureza humana e com o estímulo certo, nós podemos desenvolve-la.

Vejamos algumas das muitas maneiras de desenvolver a criatividade:

- Faça anotações

Idéias são como sonhos, se não forem devidamente armazenadas, serão esquecidas e perdidas em poucos minutos. Por isso, anote qualquer idéia, mesmo aquelas que não façam o menor sentido, que ainda não estejam prontas ou que não despertaram o interesse de ninguém, mesmo assim, anotem.

“Quando perguntaram a Einstein onde era seu laboratório, ele tirou uma caneta e respondeu ‘Aqui!’ ” Trecho do livro, Einstein – O Enigma do Universo de Huberto Rohden.

- Desenvolva a sua curiosidade

A curiosidade é um dos mais importantes combustíveis para a criatividade. É através de seu desenvolvimento que conseguimos vencer desafios aparentemente “impossíveis”. O profissional criativo utiliza toda a sua curiosidade para levantar os dados do problema e buscar a melhor solução.

Certa vez, Einstein disse: “ - não sou mais inteligente do que ninguém, sou apenas a pessoa mais curiosa que conheço”.

Portanto, não perca tempo, exercite sua curiosidade!

- Procure escrever ao menos uma idéia por dia

Esse é um exercício simples, que se for feito com regularidade, pode em pouco tempo trazer resultados interessantes. Faça o seguinte: separe alguns minutos por dia, durante o banho, indo para o trabalho, antes de dormir, ou em qualquer outro lugar e hora, para pensar sobre um determinado assunto. Pense em novas soluções para antigos problemas, idéias para problemas novos, etc. Faça o exercício diariamente e anote e guarde todas as idéias que surgirem.

Um dos maiores estudiosos do processo criativo, Edward De Bono, diz que a sua principal função como consultor de grandes empresas do mundo, sempre foi fazer as pessoas pararem um pouco para pensarem e repensarem seus problemas. Então, escolha uma hora qualquer do dia para sair um pouco da rotina e bote a cabeça para funcionar.

"Quando a mente de uma pessoa expande-se ao criar uma nova idéia, nunca mais voltará a sua dimensão original".
Oliver Wendell Holmes

- Armazena suas idéias

Algumas idéias precisam ficar descansando, para então, amadurecerem e ganharem vida. Muitas vezes uma idéia de hoje, pode resolver um problema de amanhã, por isso, anote e guarde todas as idéias que tiver.

Um boa dica para não esquecer e perder suas idéias é comprar um pequeno caderno, de preferência de capa dura para anotar sempre que surgir uma idéia ou pensamento. Não se esqueça de levar o caderno acompanhado de um lápis ou caneta para todos os lugares. Leve-o para onde quer que você vá, ao banheiro, ao almoço em família, ou para qualquer outro lugar. As boas idéias não escolhem hora para aparecer e como já disse, se não anotar rápido, certamente vai esquecer.

Guarde também os recortes de jornais, revistas, anúncios, e-mails, Websites ou qualquer outra fonte que possa conter informações relevantes aos seus projetos e que no futuro possa servir como inspiração. Consulte seu arquivo sempre que precisar de boas idéias.

Mas tome cuidado, com tempo você terá muitos recortes, revistas e cadernos para guardar. Para facilitar sua pesquisa no futuro, separe tudo em pastas por assunto e guarde em caixas.

Imagine se em sua casa, não tivesse um armário com portas e gavetas para organizar as coisas? Como seria para encontrar um par de meias pretas?

Assim também funciona com as idéias, precisamos organizá-las! Mas, não adianta guardar na parte de cima do armário, procure deixar em um local de fácil acesso.

- Aprenda a escutar, ouvir e observar.

Pessoas, lugares e acontecimentos podem nos enviar mensagens, respostas e idéias a todo instante. Muitas vezes precisamos codificar essas mensagens através de nossa experiência, percepção e intuição. Utilize todas as armas e sentidos na busca da melhor resposta para o que procura.

"Descobrir é olhar para a mesma coisa como todos olham e enxergar algo diferente".
Albert Szent-Gyorgyi

O psicólogo Samuel Gosling, desenvolveu uma interessante tese que é preciso notar os pequenos detalhes para se ter uma visão real de uma pessoa ou problema. Uma particularidade de alguém, um pormenor sobre um caso podem provocar um insight.

- Preste um pouco mais de atenção nas crianças e idosos

“Toda criança é artista. O problema é como permanecer artista depois de crescer.”
Picasso

Normalmente as idéias mais criativas são aquelas mais obvias e simples. As crianças são a essência da simplicidade e podemos aprender muito observando a maneira com que elas desenvolvem suas brincadeiras e criações.

Do outro lado temos os idosos com toda a experiência e sabedoria acumulada a duras provas durante várias gerações de muito trabalho. Se observarmos outras culturas, como, por exemplo, a oriental, poderemos aprender a respeitar um pouco mais essas pessoas tão especiais e que têm muitas coisas para nos ensinar.

Se juntarmos a simplicidade das crianças com a experiência dos idosos, teremos uma poderosa fonte de idéias.

“Ao analisar pessoas de todas as idades, constituições, culturas e portes, aprendemos que os melhores produtos incorporam as diferenças das pessoas”. Tom Kelley

- Compreenda primeiro – depois julgue

O preconceito é um perigoso bloqueio a criatividade, não julgue o desconhecido e o diferente.

É importante ter a mente aberta para as mudanças, novidades e diversidades que surgirem. Como muito bem disse, Kelley logo acima, os melhores produtos, assim como as melhores idéias podem surgir das diferenças entre as pessoas, coisas, idéias, etc.

- Aprenda a gostar de problemas

Um problema é sempre uma ótima oportunidade para criar. Precisamos gostar dos problemas e desafios que aparecerem pela nossa frente. Um problema e sempre um desafio, uma oportunidade para inovar.

“Otimistas vêem oportunidades em todo problema. Pessimistas vêem problemas em toda oportunidade”. Anônimo

- Perca o medo de perguntar

O medo de perguntar algo sem sentido e parecermos estúpidos e incompetentes na frente de estranhos, colegas de trabalho, amigos ou clientes, faz com que fiquemos inseguros e que não tenhamos a coragem necessária para esclarecer nossas dúvidas.

Ter coragem de perguntar, questionar e duvidar, é o caminho para entender melhor o problema e dar o primeiro passo no desenvolvimento de uma solução criativa.

Uma das características infantis presentes nos adultos criativos é fazer perguntas sobre temas que eles em geral, já não questionam mais.

- Coloque as idéias em ação

Não adianta só ter idéias, é preciso ter coragem para mostrá-las aos amigos, família, sócios, patrocinadores, etc. Ao apresentarmos uma idéia, ela cresce, se transforma e atinge uma outra esfera. É nesse momento que a colocamos a prova e podemos visualizar suas reais possibilidades.

“Quem troca pães, fica com um único pão. Quem troca idéias fica com as duas. O melhor negócio é sempre trocas idéias.” J.M. Machado de Assis.

Jack Welch ex-presidente da General Eletric diz em seu livro “Jack Definitivo”, que se uma idéia não resistir a algumas perguntas de corredor, por certo não resistirá ao mercado.

Toda nova idéia normalmente passa por diversos tipos de resistências e obstáculos. Da falta de vontade política a escassez de recursos humanos e materiais. Mesmo uma excelente idéia pode sofrer todo tipo de pressão, por isso, para vencermos precisamos ser perseverantes, mantermos a motivação e sabermos buscar os aliados certos.

Ter coragem para tentar, mesmo sabendo que é provável que tenhamos muitas quedas durante o percurso. Nunca devemos esquecer que as piores idéias, são sempre aquelas que nunca saíram das gavetas.

- Evite coisas que enfraqueçam o cérebro

Qualquer tipo de droga legalizada ou não, pode à primeira vista ajudar no processo criativo, mas cuidado, o preço cobrado é caro demais por alguns voláteis instantes de bem estar e euforia.

Não é caretice, é fato! Todos que utilizam por muito tempo algum tipo de bengala acabam desaprendendo a andar sozinhos. Com o tempo ainda diminuem sua capacidade de criação, raciocínio, concentração e percepção.

É preciso ainda estar atento a outros tipos de perigos aparentemente inofensivos, mas que podem ter conseqüências negativas ao processo criativo. São eles a baixa auto-estima, a insegurança, o medo de errar, a timidez, o ciúme, a preguiça, o comodismo, o desamor e a timidez, que juntos ou separados, podem limitar e até neutralizar seu potencial criativo.

Só erra quem faz e só constrói uma grande idéia quem acredita em seu potencial, tem paixão pela que faz e acredita na sua idéia.

- Use o seu tempo ocioso com sabedoria

Aproveite seu tempo livre para enriquecer suas experiências, adquirir mais cultura e conhecer mais pessoas. Descubra novas fontes e abasteça seu banco de idéias. Visite museus, parques e exposições. Assista peças de teatro, filmes e shows. Leia o que passar pela frente, de livros a jornais. É preciso estar preparado para receber a idéia.

“A casualidade somente favorece aos espíritos preparados”. Pasteur

- Divirta-se trabalhando e trabalhe divertindo-se

É claro que mesmo o “melhor” trabalho não pode ser sempre divertido e prazeroso. Mas quando descobrimos nossos verdadeiros talentos e trabalhamos no que gostamos, transformamos nossas segundas-feiras, em dias tão interessantes quanto os sábados.

“As pessoas não têm mais talento, têm mais paixão por seus assuntos. Einstein investia tempo, todos os dias, viajando pelo imensurável espaço além da atmosfera terrestre com sua imaginação intuitiva. Quem quiser ter mais intuição sobre alguma coisa deve aumentar sua paixão sobre ela”. Psicóloga Sharon

- Mantenha sempre de bom humor

O humor é o comportamento mais importante do cérebro humano.
Edward de Bono

Roberto Menna Barreto fala em seu livro “Criatividade no Trabalho e na Vida”, que existem ingredientes que devem ser misturados e muito bem cuidados para que possamos ter idéias criativas. A partir da idéia de um médico pernambucano, ele criou um acrônimo chamado BIP. O B é exatamente o Bom Humor. Segundo o autor, bom humor é estar numa boa perante um problema, qualquer problema, é razão imprescindível, sine qua non, para um indivíduo ter um flash criativo capaz de resolvê-lo.

Problemas que nos comprometem o bom humor, que nos fazem sofrer, são problemas para cuja solução estamos provisoriamente, impotentes.

Roberto tem razão, quando estamos de bom humor, todas as coisas ficam mais claras e fáceis. Mas na falta dele, é como se perdêssemos parte da visão e não pudéssemos mais enxergar todas as paredes de uma sala. Sem ele, nosso raciocínio e intuição ficam comprometidos.

Quando estava terminando este artigo tive alguns problemas pessoais que me privaram o bom humor e o poder de concentração. Fiquei quase uma semana sem conseguir escrever uma linha.

É muito difícil, poderia até dizer que é quase impossível manter o humor quando passamos por algum problema pessoal que nos deixa triste, desmotivado e até sem esperanças. Mas mesmo assim, é preciso levantar a cabeça, olhar o problema de frente e dar a volta por cima. Quando consegui recuperar o humor, passei a enxergar meu problema com outros olhos e afinal, ele não era assim tão feio.

- Trabalhe duro

“Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no silêncio – e eis que a verdade me é revelada”. Einstein

Tudo que Einstein descobriu foi resultado de muita dedicação e trabalho.

Mergulhe de cabeça no problema, estude-o profundamente, procure repetidamente o maior número de respostas possíveis. Assim como Einstein, após trabalhar duro, desligue-se um pouco do problema e quando menos imaginar encontrará a resposta que tanto procura.

Na filosofia milenar de Bhagauad Gita se exprime esta verdade do seguinte modo: “Quando o discípulo está pronto o mestre aparece”.

( Materia retirado do site: http://internativa.com.br/artigo_criatividade.html )

Entendendo a criatividade: a dinâmica do processo criativo

Como você imagina ser a dinâmica do processo criativo?

Você considera ser um processo composto de um conjunto de etapas, onde cada uma delas tem um papel claramente definido, acontecendo em determinada cronológica? Se a resposta foi sim, então você errou.

O processo criativo é desordenado. Então, você pode questionar: se não há um conjunto de procedimentos, como uma receita de bolo, que possa seguir, então não há como aprender ou desenvolver tal habilidade. Não pense desta forma, pois todos somos criativos, uns em maior e outros menor grau. No entanto, para entender melhor a dinâmica do processo criativo, considere a Figura 1.1.


Figura 1.1 – Dinâmica do processo criativo.

A figura acima ilustra que o processo criativo requer três habilidades do ser humano: análise, síntese e mapeamento. Note que é necessário ter essas habilidades bem como usá-las iterativamente entre si e interativamente com as demais.

Análise

A habilidade de análise requer a capacidade de avaliar e pensar de maneira crítica de modo resultar num ‘raciocínio convergente’, onde idéias, opiniões e possíveis soluções são ponderadas durante uma avaliação. João Pedro, profissional de empresa de recursos humanos, encarregada de fazer a identificação e seleção de profissionais para uma multinacional costuma utilizar essa habilidade em seu trabalho. Geralmente, ele identifica profissionais com o perfil adequado ao projeto da empresa e a seleção toma por base um conjunto de parâmetros definidos pela empresa, combinado com possibilidades de aproveitamento em outras atividades da empresa e envolvimento em outros projetos.

O pensar de modo crítico. Em atividades como essa, o indivíduo faz uso do que se denomina de ‘pensamento crítico’, isto é, a capacidade de considerar possíveis respostas, implicações, resultados ou mesmo problemas decorrentes de uma solução a ser empregada numa atividade.

O raciocínio convergente. Importante ainda observar que a análise pode se dar de forma iterativa, ou seja, de haver a recorrência durante o processo de análise. Isto pode ser entendido como um ‘refinamento’ da análise, onde o indivíduo criativo faz um escrutínio e distinção entre um conjunto de (novas) idéias que tenha potencial de serem exploradas. Essa habilidade de análise esmerada é resultado de um ‘raciocínio convergente’ do ser humano.

O processo de análise não ocorre de maneira isolada. Há uma interação com os outros componentes do processo criativo humano. Essa interação não ocorre de maneira ordenada, pois o momento criativo envolve tanto refinamento de idéias até o inverso, isto é, a ocultação de detalhes. Além disso, existe o mapeamento de desde conceitos e idéias relacionadas a outros que não tem qualquer tipo de relacionamento. O momento criativo é dinâmico fruto da compilação de idéias e combinação desses três fatores.

Síntese

O segundo componente do processo criativo é síntese que compreende a habilidade de conceber novas idéias ou produtos resultantes de um conjunto de idéias já existentes, sejam elas relacionadas ou não. Indivíduos criativos costumam ‘enxergar’ o que os demais tem dificuldade de perceber. Tais indivíduos têm a habilidade de descobrir coisas novas, fazendo conexões de idéias aparentemente não relacionadas.

A linha de raciocínio divergente é um fator determinante na habilidade síntese. Trata-se de um modo de pensar aberto e de dimensão ilimitada, onde a pessoa criativa não trabalha com uma única solução, mas várias. Há em tais pessoas uma ‘espontaneidade’ em apresentar idéias e fazer relacionamentos entre idéias não observados ou descobertos por outras pessoas.

A síntese requer uma grande capacidade imaginativa. Indivíduos criativos, via de regra, são tomados por momentos de extrema imaginação, fantasia e devaneios. Eles têm facilidade em manipular conceitos e idéias, modificando, adaptando ou criando a partir idéias existentes. Há neles um constante interesse em aperfeiçoar produtos e idéias. Conheci um profissional que possuía um tino investigativo aguçado. Houve uma ocasião na qual encontrei o André Luís pensando em voz alta: o que acontecerá se aumentar o nível de atenuação desejado sem modificar os demais parâmetros do filtro? Ele estava trabalhando na busca da solução de um filtro de sinal adequada a uma espécie de sinal sujeita a alterações durante a operação de um sistema.

A Sinética constitui um pilar a habilidade de síntese, onde indivíduos criativos fazem um agrupamento de elementos que parecem diferentes e irrelevantes a solução de um problema. Trata-se de uma técnica de resolução de problemas que faz uso do pensamento criativo. Em outras palavras, é uma habilidade onde o indivíduo usa ingenuidade e imaginação no momento de concepção e síntese de uma nova idéia ou produto.

Mapeamento

Pessoas criativas, em geral, possuem enorme curiosidade sobre muitas coisas e mostram-se sempre interessadas questionar quase tudo, senão tudo. Elas também demonstram interesse por áreas não relacionadas são capazes de inventar coisas a partir de idéias desconexas. Elas formam associações entre idéias dissociadas no campo de estudo e tempo, bem como entre idéias sem quaisquer relacionamento lógico.

A habilidade de mapear abstrações em algo concreto é componente chave no processo criativo. Trata-se da capacidade de usar abstrações e conceitos teóricos e conseguir mapeá-los em idéias concretas ou algo prático. Em nosso cotidiano, encontramos, com freqüência, pessoas com boas idéias. Entre uma boa idéia e uma idéia criativa e inovadora que possa resultar num produto ou na melhoria de um processo, há uma diferença. Trata-se da habilidade de mapeamento, ou seja, transformar algo abstrato em algo real e prático.

A capacidade de comunicar e vender idéias combinada a habilidade de mapeamento permite um indivíduo não apenas conceber idéias fruto, muitas vezes, da associações entre bases distintas, mas também convencer os outros de que suas idéias, de fato, são inovadoras e podem resultar em produtos com elevado valor de mercado. Em outras palavras, é preciso ter raciocínio prático, mostrar o diferencial da idéia, seu real valor e que de fato ela funciona. A capacidade de comunicação é essencial nos mais variados ramos profissionais e mais ainda às pessoas criativas a fim de serem compreendidas pelos demais. Afinal, como vender uma boa idéia a gerência ou diretoria de uma empresa? Como obter financiamento para desenvolvimento de um projeto ou produto?

O mundo aí fora está repleto de pessoas com as mais variadas idéias. O papel de agências de fomento e diretorias de empresas é o de estimular a geração de novas idéias e produtos. Entretanto, a pessoa criativa tem um papel ainda maior: o de vender sua idéia.

Bloqueio do Processo Criativo

Pessoas criativas são orientadas ao risco e têm, geralmente, um perfil especulativo e empreendedor. Além disso, elas trazem consigo uma motivação própria que serve para catalisar o desenvolvimento da criatividade. Se essa motivação, inerente ao ser humano é bloqueada, então o indivíduo terá dificuldade de desenvolver sua criatividade.

O indivíduo necessita de tempo ilimitado para explorar atividades e idéias próprias. Impor limitações de tempo para o desenvolvimento de idéias é tem efeito contrário sobre o processo criativo. Assim, como uma criança precisa de tempo para explorar brincadeiras e objetos, os indivíduos criativos também sentem essa necessidade durante o processo criativo.

Diversos fatores ‘bloqueiam’ o desenvolvimento do processo criativo e dentre eles, destacam-se: medo de errar, impaciência, preconceito, falta de compromisso e apoio (financeiro), receio de mudanças, vaidade, insegurança, intolerância e impaciência.

Rodear ou manter vigilância sobre as pessoas tem efeito contrário no processo criativo, uma vez que elas se sentem constantemente observadas enquanto desenvolvem qualquer atividade e isso inibe a atitude de ‘correr riscos’, implicando ainda no desvanecimento do processo criativo.

Faça uma experiência: observe pessoas com as quais costuma relacionar no seu ambiente profissional ou social e identifique um ou mais dos fatores mencionados acima. Para essas pessoas, o processo criativo pode até ainda ocorrer, considerando que elas apresentem um ou dois daqueles fatores, mas o processo se dará de uma forma um tanto inconstante. Tais fatores constituem obstáculos ao desenvolvimento e uso efetivo das habilidades de análise, síntese e mapeamento que embasa o processo criativo.

(Sugestão: Complemente o entendimento sobre criatividade lendo o artigo O Valor da Criatividade no Ambiente Corporativo )

Criatividade Para Alôar Resultados - Carreira e Negócios

"O processo criativo
não termina com a idéia
Começa com ela"
Einstein

É surpreendente o número de Empresas que treinam seus colaboradores em criatividade e que não vislumbram resultados posteriores mensuráveis. "Alguns anos atrás uma das maiores companhias de aviação dos EUA gastou MUITO dinheiro treinando seu pessoal para ser criativo e tudo que conseguiu foi criar frustrações", diz Dean Schoerder, professor e diretor do MBA da Valparaiso University (Training Review - Dezembro de 2001).
Em uma organização onde prevalece a estrutura rígida dos organogramas e dominada por regras e padrões, mandar seu pessoal fazer cursos para "sair da caixa" (be out of the box é um dos jargões da criatividade) e quebrar rotinas e paradigmas para depois, assim que os cursos terminam, devolvê-los aos seus cubículos, físicos e mentais, é buscar o mesmo resultado da empresa americana de aviação. Como disse Einstein (na peça teatral "Einstein", de Gordon Wiseman), desenvolver a criatividade é ponto de partida. O processo é mais longo e "suado" do que se imagina.

Criatividade é a etapa do processo que visa PRODUZIR IDÉIAS NOVAS. Desenvolver as habilidades para "pensar diferente" e "perceber o diferente" é um primeiro passo fundamental para fomentar um processo criativo conseqüente. Mas é insuficiente.
Eu mesmo venho dando, há muitos anos, eventos como cursos, seminários e workshops para as pessoas trabalharem seu lado criativo e desenvolverem sua imaginação, intuição, percepção e criatividade. Depois, a grande maioria delas volta para suas organizações e retoma seu dia-a-dia rotineiro e "confortável", deixando os momentos agradáveis do evento como um "tempo de recreio", sem conseguir instrumentalizar os conceitos trabalhados e alavancar sua criatividade no trabalho cotidiano. Eu e eles nos sentimos frustrados. Por quê?

Participei há 4 anos, no Nordeste, de um Encontro de Recursos Humanos com executivos profissionais de todo o Brasil e, durante um trabalho coordenado por uma equipe que utilizava técnicas de psicodrama, foi sugerido que se fizesse uma representação dramática de como eles viam a criatividade nas empresas. Um grupo escolheu fazer chapéus de fada com cartolina e se munir de varinhas de condão. Sua visão acrítica de "soluções mágicas" para o processo criativo me impactou muito. Se descontarmos um pouco o evidente exagero caricatural da solução encontrada, acredito que esta seja uma visão subjacente em muitas organizações.

Transformar idéias em resultados dá bastante trabalho. Costumamos dizer que, no processo criativo, "são necessários 5% de inspiração e 95% de transpiração". E não há exagero nesta afirmação. Estes 5% são fundamentais para quaisquer inovações. Hoje, mais do que nunca, idéias inovadoras são o principal produto de muitas organizações. Para que idéias novas se transformem em resultados, que ser percorrido um caminho trabalhoso:

1º - O trabalho criativo de gerar idéias e alternativas novas. Estes são parte dos 5% que necessitam de inspiração, talento, intuição e arte. Este é o momento "gostoso" e "divertido" do processo Nesta etapa, quantidade gera qualidade. É conhecida a equação 1/80 (são necessárias, em média 80 idéias para que uma dê resultado). E as muitas ferramentas criativas que exercitamos contribuem para este 1º passo.

2º - O trabalho imaginativo de ampliar o repertório de idéias. O estoque de idéias é a base para as inúmeras patentes registradas pelas Organizações à espera do momento oportuno para serem lançadas no mercado. Em 1998, a Siemens registrou patentes de 1200 "idéias" novas. Já lançaram no mercado menos de 20 delas. Vem daí o conceito atual de Banco de Idéias. Exercitar o raciocínio divergente via instrumentos apropriados, que são muitos, pode nos levar a ultrapassar com êxito este 2º passo.

3º - O trabalho criterioso de selecionar a melhor idéia. A avaliação minuciosa das idéias novas ou estocadas deve levar a uma escolha adequada. Qual deverá ser a idéia mais econômica, mais rapidamente aceitável pelo mercado, mais fácil de produzir, de maior impacto, que está de acordo com as leis, etc. Aqui, as técnicas do raciocínio lógico e convergente devem reger a aplicação de uma Grade de Critérios que leve a ultrapassar esta etapa.

4º - O trabalho metodológico de desenvolver a idéia selecionada (submetê-la a um Check List básico -WWWWWH - quem, o que, porquê, onde, quando e como aplicar a idéia desenvolvida). Aqui o raciocínio ao mesmo tempo divergente / convergente deve prevalecer. A diversidade de uma equipe criativa pode ajudar a enxergar os diversos aspectos da cadeia de produção da Empresa e onde encaixar nela o novo imaginado. Diversidade deve ser entendida não como outra cor da pele e dos olhos ou diferenças de sexos ou raças, mas sim como cabeças diferentes, visões e formações culturais diferentes. Esta é uma das etapas mais férteis e valiosas do processo, que deve levar ao passo seguinte.

5º - O trabalho objetivo, conseqüente da etapa anterior, de formatar a idéia em um produto, processo ou serviço (ela deve resultar em algo proveitoso). Aqui o raciocínio técnico e o conhecimento do "metier" da organização são salvaguardas da efetividade dos resultados deste passo.

6º - O trabalho argumentativo de convencer os outros (colegas, superiores, acionistas) de que a idéia é boa (somente o efetivo comprometimento dos envolvidos leva uma idéia a se concretizar). Nesta etapa é preciso dominar as várias estratégias argumentativas, saber negociar apoios e angariar "sócios da idéia", para transformar o que foi construído até aqui em um resultado palpável. E então avançar para o último passo:

7º - O trabalho sistemático e mensurável de testar e aplicar o que resultou deste processo. As técnicas de pesquisa de mercado, de testes por amostragem e outras são aplicáveis nesta etapa. E então, comprovada a pertinência da idéia transformada em resultado, transformar o resultado em produto, processo ou serviço. E bom proveito (e bons lucros).

No caminho destes sete passos, devemos levar em conta que, muitas vezes, diante de uma dificuldade, em qualquer momento do processo, é preciso recuar alguns passos para refazer certas etapas, para então voltar a avançar com mais força.

Para que estas etapas sejam desenvolvidas
(não necessariamente todas nem obrigatoriamente nesta ordem) é preciso, também e preliminarmente, criar um clima organizacional favorável e não repressivo, pois este caminho pressupõe riscos e erros, o que normalmente é abominado em todos os níveis das organizações.
Os riscos e os erros devem ser não somente absorvidos como estimulados. E os resultados devem ser premiados, gerando um clima organizacional criativo. Este é, para mim, o elemento que perpassa por todo o processo dos 7 passos e o mais determinante do sucesso de uma organização que se pretenda inovadora.

Como diz Alan Robinson , co-autor do livro Corporate Creactivity, "as organizações mais inovadoras transformam idéias em soluções de negócios relevantes e incrementam a criatividade como uma parte importante de seu foco estratégico". E ressalta: "Somente 5% do que nós chamamos de 'criatividade' é a idéia em si. O resto é liderar as pessoas para transformarem a idéia em resultado".



( SYLVIO ZILBER
- Consultor do Instituto MVC )

sexta-feira, 11 de junho de 2010

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